29.3.07

Cormac encontra Oprah


















A apresentadora Oprah Winfrey, que a wikipedia identifica também como crítica literária, escolheu The Road, do escritor Cormac McCarthy, como a próxima indicação do seu clube do livro. Como se sabe, não existe ninguém que influencie mais os hábitos - inclusive de leitura - dos telespectadores americanos do que Oprah Winfrey (é a mulher mais poderosa da América, como a imprensa dos EUA não se cansa de repetir). Os títulos incluídos no seu clube, não importa quão obscuros, vendem às centenas de milhares. Mais surpreendente é o anúncio de que McCarthy concordou em aparecer no talk show da apresentadora. A data da entrevista ainda não está marcada, mas tem tudo para ser interessante o encontro entre a apresentadora que transformou as confissões íntimas num dos mais bem sucedidos géneros televisivos actuais e o escritor recluso que, dizem, não gosta de falar de literatura nem de si mesmo. De acordo com a Cormac McCarthy Society, o autor só deu até hoje uma entrevista à imprensa. Foi ao New York Times, e pode ser lida aqui. (fonte: O Globo Online)

Edições portuguesas de Cormac McCarthy na Relógio D'Água.

30 mil "pãezinhos quentes" em 2 dias












A informação foi dada pela Academia Hondurenha da Língua: quatro horas depois de ter sido colocada à venda, a edição comemorativa do 40.º aniversário da publicação de Cem Anos de Solidão já vendera 14 mil exemplares. Contas feitas, dava qualquer coisa como um livro vendido a cada segundo. Um dia depois (ontem), a edição especial daquele que é o romance mais emblemático do escritor Gabriel García Márquez tinha vendido 30 mil exemplares na Colômbia. Preço por volume? 10,5 dólares, cerca de oito euros. A qualidade da edição, bem como o preço - considerado acessível - a que o livro foi posto à venda são apresentados como justificativa para o volume de vendas que tem batido todos os recordes naquele país. Isso além de ter a marca da homenagem ao escritor, o que valoriza a edição ao olhos de coleccionadores e de fãs de Márquez. A edição insere-se nas comemorações dos 80 anos de Gabriel García Márquez; 40 após a primeira publicação da sua obra-prima, e 25 anos depois de ter conquistado o Nobel da Literatura. Organizada pela Real Academia de Espanha e lançada durante o IV Congresso Internacional da Língua Espanhola, a obra deverá ter edição em português no final deste ano, com a chancela da Dom Quixote. (fonte: DN)

28.3.07

Já está na net a devassa da PIDE à vida de Torga












A Torre do Tombo colocou na Internet, como Documento do Mês, o processo que a polícia política do Estado Novo reuniu, ao longo de 40 anos, sobre o médico, escritor e opositor ao regime de Salazar. É um processo de minuciosa devassa. O próprio escritor se referiu à violência dessa devassa no comentário que escreveu no seu Diário XII (1975), quando teve conhecimento do processo: "Vista através daquele registo laborioso e tenaz de gusanos inexoráveis, a minha vida era a própria imagem da desolação. Descarnada de qualquer substância anímica, mais objectivamente exacta do que a biografia que porventura aflora à tona do que escrevi, parecia o relato de uma autópsia". O pretexto para o lançamento on-line do processo da PIDE é o centenário do nascimento de Miguel Torga (1907-1995), que está a ser evocado por todo o país. Neste contexto, uma exposição com os referidos documentos vai ser também apresentada em Outubro na Delegação Regional de Cultura do Norte, em Vila Real. (fonte: Público)

João Barrento vence prémio de crónica









Um júri constituído por Manuel António Pina, Maria da Conceição Carrilho e José Manuel de Vasconcelos, atribuíu por unanimidade o Grande Prémio de Crónica APE/C. M. de Sintra ao livro A Escala do Meu Mundo, de João Barrento. Estavam a concurso obras publicadas entre 2003 a 2006, bem como originais de títulos ainda inéditos, remetidos nos termos do regulamento. Na próxima edição, o Prémio retoma a regularidade bienal que traz desde a origem.

Se...












Se gostou como nós do filme, pode agora ler o livro. Saiu pela Editorial Magnólia.

27.3.07

Ciência também é cultura


















Porque será que quando se fala de cultura quase sempre se pensa apenas nas artes e nas letras? É a partir desta interrogação que se vai fazer a próxima sessão dos Livros em Desassossego, como sempre na última quintra-feira do mês. Na mesa - sob o mote “Ciência também é cultura” – vão estar os cientistas António Manuel Baptista, físico, António Coutinho, director do Instituto Gulbenkian de Ciência e Mário Ruivo, presidente da Federação das Associações Científicas Portuguesas. Antes do debate, passa-se em revista a produção editorial do último mês, o editor (e biólogo) Jorge Reis-Sá, das Quasi Edições, escolherá os três livros recentes que gostava de ter sido ele a editar e o escritor Paulo Nogueira apresenta o seu novo romance Estamos Todos Tão Sozinhos (edição ASA). A edição de Março dos Livros em Desassossego, com a moderação do jornalista Carlos Vaz Marques, está marcada para o próximo dia 29, pelas 21h30 e a entrada é livre.

Em Abril: Para que servem os prémios literários?

Agradecimento: à editora Gradiva pelo apoio prestado na divulgação desta sessão.

Novos












Gente Independente do Prémio Nobel Halldór Laxness, traduzido do islandês por Gudlaug Run Mairgeisdóttir. Um, Ninguém e Cem Mil do também Nobel Luigi Pirandello, traduzido do italiano por Margarida Periquito. Duas novidades da Cavalo de Ferro.

26.3.07

INFORMAÇÃO














Por motivos de segurança, encontra-se temporariamente encerrada ao público a zona do Quarto de Fernando Pessoa onde está instalada a Biblioteca Pessoal do Poeta.
Tentaremos que este período seja o mais curto possível. Pelo facto pedimos desculpa aos visitantes e Amigos da Casa Fernando Pessoa.

Paul Bowles o resto do mês















Uma visão multifacetada de Paul Bowles é a proposta do Centro Cultural de Belém (CCB), em Lisboa, que, de hoje e até final do mês, realiza um ciclo dedicado ao lendário escritor norte-americano. Um Abrigo na Terra foi o nome dado a esta iniciativa comissariada por Fernando Luís Sampaio, que arranca com a abertura da Sala de Leitura do CCB, e que inclui leituras comentadas de obras suas. A programação integra também um concerto que revelará ao público português algumas das suas composições de câmara, a projecção do filme Um Chá no Deserto, de Bertolucci, o visionamento de documentários que contaram com a participação de Paul Bowles e a apresentação das fotografias de Daniel Blaufuks realizadas com o escritor, em Tânger, no início dos anos 90 do século passado. (fonte: JN)

Na Casa Fernando Pessoa














Clique sobre o convite para ler melhor.

23.3.07

Lídia Jorge














Literatura, psicanálise, combate. Novo romance de Lídia Jorge apresentado ontem na Casa Fernando Pessoa. Exposição O Universo Pessoal de Lídia Jorge para visitar de seg. a sex. (10h-18h) e qui. (13h-20h) até 20 de Abril.

Echevarría vence prémio Dom Dinis










O Prémio literário Dom Dinis, instituído pela Casa de Mateus, foi atribuído este ano por unanimidade ao poeta Fernando Echevarría, pelo livro Epifanias, publicado pelas Edições Afrontamento. Echevarría, um dos mais destacados nomes da poesia portuguesa, é autor de uma vasta obra, que inclui títulos como Tréguas para o Amor, Sobre as Horas, A Base e o Timbre, Media Vita, Introdução à Filosofia, Figuras e Geórgicas. Recentemente, reuniu toda a sua produção poética na antologia Obra Inacabada. Nascido em 1929 em Cabezón de la Sal, Santander, Espanha, filho de pai português e mãe espanhola, Echevarría estudou em Portugal e em Espanha e reside actualmente no Porto. (fonte: Portugal Diário)

Loucos pela Índia










Depois de ter sido tema na última Feira do Livro de Frankfurt (Outubro de 2006), a literatura indiana regressa à montra dos livros meses depois. Desta vez em Paris, como país convidado da 27.ª edição do Salão do Livro, que hoje arranca no pavilhão de Versailles. A paisagem literária da Índia é tão complexa e paradoxal quanto o seu mapa, reflexo de 28 regiões políticas, 22 línguas, um país multirreligioso, a maior democracia do mundo, com uma diáspora intelectual que levou para fora das suas fronteiras alguns dos nomes mais sonantes; indianos que escrevem sobretudo em inglês e têm em Salman Rushdie a grande estrela. É a Índia de Rushdie, mas também a de Vikram Seth, Shashi Tharoor, Amit Chaudhuri, Indrajit Hhazra ou Kiran Desai, Amitav Ghosh ou do Nobel de 1913, tornado símbolo nacional, Rabindranath Tagore. A Índia de cerca de mil milhões de habitantes mas onde um título se torna best-seller se vender cinco mil exemplares. Ou seja, cerca de metade do que precisa vender um livro em Portugal para ser um sucesso comercial. É a Índia dos contrastes, a Índia de 500 milhões de analfabetos em que quase só as elites lêem, mas em que há uma classe média em crescimento; a Índia que seduziu Hermann Hesse, E. M. Forster ou André Malraux e que em 2050 será a terceira potência mundial. É esta Índia que parece estar na moda e venceu através da sua mais recente revelação literária, Kiran Desai - filha da três vezes finalista Anita Desai -, a última edição do Man Booker Prize com o romance A Herança do Vazio. (fonte: DN)

22.3.07

Dia Mundial da Poesia










Gente a comprar livros de poesia. Bastante gente para ouvir música jazz. Uma sala cheia de gente que escutava as palavras dos poetas. Gente sentada e gente de pé a assistir ao espectáculo Um Redondo Vocábulo. Gente a aplaudir, contente. Gente resistente que ceava já depois da meia-noite. Toda esta gente, ontem, na Casa Fernando Pessoa. Foi a nossa festa.

21.3.07

Dia Mundial da Poesia na Casa Fernando Pessoa














21 de Março (HOJE)
Dia Mundial da Poesia
Feira do Livro de Poesia Poetas lêem poetas Wishful Thinking Mais música com João Afonso e João Lucas

Visite a Casa Fernando Pessoa no Dia Mundial da Poesia:
A partir das 10h00, Feira do Livro de Poesia, com descontos excepcionais. No jardim, até à 00h00.
A partir das 18h30 até às 21h00, música no auditório e jardim com o Wishful Thinking (jazz, na foto).
Às 21h30, poetas lêem poetas. Com Maria do Rosário Pedreira, Pedro Mexia, José Luís Tavares, Pedro Sena-Lino, Eduardo Pitta, Fernando Pinto do Amaral e Ana Marques Gastão.
Depois, Um Redondo Vocábulo por João Afonso e João Lucas – música e poesia de José Afonso.
Pela noite fora, há música, poesia, todos os pisos da Casa Fernando Pessoa estão abertos ao público (incluindo a Biblioteca), há uma exposição de fotografia de Jordi Burch e haverá uma ceia tardia.


Entrada livre limitada ao espaço existente.

20.3.07

Aquilino Ribeiro é o décimo a ascender ao Panteão Nacional












Ainda não há data marcada para o evento, mas o Parlamento já decidiu que os restos mortais do escritor Aquilino Ribeiro serão transladados para o Panteão Nacional. Aquilino Ribeiro (1885-1963) inicia a sua obra com o livro de contos Jardim das Tormentas, em 1913. A Casa Grande de Romarigães (1957) é um dos seus romances mais conhecidos, assim como O Malhadinhas ou Quando os Lobos Uivam. Republicano, esteve preso, fugiu para França, tendo regressado com a I Guerra a Portugal. O escritor será o décimo português a merecer no Panteão as honras de Estado. (fonte: DN)

Alice Vieira ganhou prémio de poesia












A escritora Alice Vieira venceu a 8ª edição do Prémio Literário Maria Amália Vaz de Carvalho na modalidade de poesia, anunciou a Câmara Municipal de Loures que o instituiu. O prémio foi atribuído por unanimidade à obra Dois Corpos Tombando na Água, apresentada pela escritora sob o pseudónimo de Filipa Sousa e Silva. O júri foi constituído pelos críticos literários Fernando J. B. Martinho e Fernando Pinto do Amaral e por José Correia Tavares, da Associação Portuguesa de Escritores. Alice Vieira nasceu em 1943 e publicou mais de 40 títulos destinados aos leitores mais jovens. Gosta de se definir como «uma jornalista que também escreve livros». O prémio que agora vai receber tem o valor de três mil euros e destina-se a incentivar a produção literária em língua portuguesa, tendo sido criado em homenagem à escritora Maria Amália Vaz de Carvalho (1847-1921). (fonte: Diário Digital)

19.3.07

Escritores promovem itinerário em torno de António Ramos Rosa

Promovida pela Associação Portuguesa de Escritores, vai ter lugar em Faro, no próximo dia 24 de Março, a partir das 12 horas, uma homenagem ao poeta António Ramos Rosa. Esta iniciativa, coordenada por Luís Machado, insere-se no projecto Itinerários, iniciado há dois anos com jornadas dedicadas a Miguel Torga, Eugénio de Andrade e Fernando Pessoa. O percurso, guiado pela Prof. Doutora Paula Cristina Costa, inicia-se com uma passagem pela casa onde nasceu o poeta, prosseguindo com a visita a alguns dos locais percorridos por Ramos Rosa. Pelas 16h45, Paula Costa conduzirá, na Biblioteca Municipal de Faro, uma conversa sobre a obra literária do homenageado, seguida da projecção do filme Estou Vivo e Escrevo Sol. A terminar a jornada, terá lugar, pelas 19 horas, no Clube Farense, O Paraíso das Palavras, um recital de poesia por Luís Machado, acompanhado ao piano por Inês Correia. Esta iniciativa, com entradas livres, mereceu o apoio da Câmara Municipal de Faro, Governo Civil de Faro, Delegação Regional da Cultura do Algarve e da Escola de Hotelaria e Turismo do Algarve.

Lídia Jorge lança livro novo em Março












Combateremos a Sombra é o título do novo livro de Lídia Jorge, que conta a história de um homem que se debate com um poder que o ultrapassa, segundo a autora. «É um livro que vem na sequência dos outros que escrevi, sobre o mundo contemporâneo, sobre relações entre personagens contemporâneos, sobre a forma como o homem reage perante o mundo totalitário», revelou Lídia Jorge a propósito deste romance. O livro foi escrito ao longo de três anos, mas a ideia de o fazer era muito anterior. Ao longo de quase 500 páginas, Lídia Jorge reconstituiu três meses da vida de um homem e apostou «no combate entre o ser individual e a incógnita que o envolve». Agora, Combateremos a Sombra, um romance de «raiz urbana» cuja acção decorre no século XXI, será lançado a 22 de Março, pelas 21h30, na Casa Fernando Pessoa. Apresentação da obra por Manuel Maria Carrilho. (fonte: Diário Digital)

15.3.07

António Lobo Antunes é o vencedor do Prémio Camões 2007
















O Prémio Camões 2007, o mais importante galardão literário da língua portuguesa, no valor de 100 mil euros, foi atribuído esta quinta-feira ao escritor português António Lobo Antunes. O júri deste ano reuniu-se na Biblioteca Nacional do Rio de Janeiro, no Brasil, e foi constituído por Francisco Noa (Moçambique), João Melo (Angola), Fernando J.B. Martinho (Portugal), Maria de Fátima Marinho (Portugal), Letícia Malard (Brasil) e Domício Proença Filho (Brasil). O prémio Camões foi criado em 1988 pelos governos de Portugal e Brasil para estreitar os laços culturais entre os vários países lusófonos e valorizar o património literário e cultural da língua portuguesa. (fonte: Diário Digital)

Tertúlia













Sob a égide poética de David Mourão-Ferreira, a sexta edição da Tertúlia de Poetas de Sintra tem lugar na próxima quinta-feira, dia 15 de Março, às 21h00 no Bar Çahroi, em Gouveia (ao pé da capela de Gouveia, à saída de Fontanelas), com entrada livre.

Assírio & Alvim, Relógio D’Água e Cotovia lançam colecção de bolso

Numa colaboração inédita entre editoras portuguesas, a Assírio & Alvim, a Relógio D’Água e a Cotovia vão lançar uma colecção de livros de bolso reunindo alguns dos principais autores clássicos e contemporâneos. A Biblioteca Independente (BI) será lançada a 4 de Maio próximo. Em 2007 serão publicados vinte e um títulos prosseguindo a colecção com três títulos mensais, repartidos pela ficção narrativa, poesia e ensaio. Dos títulos já previstos destaca-se a Ilíada, de Homero, o D. Quixote, de Cervantes, Contos de S. Petersburgo, de Gogol e obras de autores contemporâneos e clássicos como Ruben A., José Eduardo Agualusa, Machado de Assis, Balzac, Baudelaire, Beckett, Paul Bowles, Camilo Castelo Branco, Emily Brontë, Luís de Camões, Miguel Esteves Cardoso, Bernardo Carvalho, Ruy Duarte de Carvalho, Lewis Carroll, Blaise Cendrars, Pietro Citati, Joseph Conrad, Hélia Correia, Dante, Defoe, Dostoiévski, entre muitos outros.

14.3.07

Da literatura


















Tratando-se do Eduardo Pitta e do Pedro Mexia, escrever num blogue é sempre fazer literatura. Edições, respectivamente, na Quasi e na Tinta da China.

12.3.07

Música de câmara na Casa Fernando Pessoa














O Rivus Lux Trio (clarinete, piano, violoncelo) nasceu no seio da Orquestra Metropolitana de Lisboa (O.M.L.) com o objectivo de divulgar o repertório escrito para esta formação. O programa que irão apresentar na Casa Fernando Pessoa, amanhã pelas 18h30, inclui as obras Quatro ou Cinco Movimentos Fugidios da Água (António Pinho Vargas) e o Clarinet Trio op.114 (Johannes Brahms).

Franz Ortner (vlc) nasceu em Viena, Áustria. Estudou na University of Music em Viena onde obteve o diploma com máxima distinção. Joana Gama (p) estudou piano com Vanessa Latarche na Royal Academy of Music e colabora regularmente com a O.M.L. Jorge Camacho (clr) ganhou o Concurso Nacional de Jovens clarinetistas em 2000 e é desde 2006 solista da O.M.L.

A entrada é livre no limite dos lugares disponíveis.

Prémio Alfaguara para romance de Luis Leante












O escritor espanhol Luis Leante foi o escolhido pelos jurados da décima edição do Prémio Alfaguara de Romance, um dos mais prestigiados da literatura ibero-americana, com um valor de 132.938 euros. Entre os 574 originais inéditos a concurso, o júri (presidido por Vargas Llosa) preferiu Mira se Yo te Querré. (fonte: DN)

Alface (1949-2007)













O escritor João Carlos Alfacinha da Silva, que usou o pseudónimo Alface, faleceu na madrugada de 2 de Março, em Lisboa, com 58 anos, vítima de acidente vascular cerebral ocorrido ao participar, na quinta-feira, numa sessão da Culturgest sobre a sua obra. Jornalista e guionista, revelou-se literariamente em 1977 com Os Lusíadas, escrito de parceria com Manuel da Silva Ramos, livro audacioso e irreverente, criticamente saudado por Almeida Faria. Ambos assinaram outras ficções, mas Alface teve uma obra individual a partir de 1995 (na Fenda), nomeadamente com o romance Cá Vai Lisboa (2004). Nascido em 1949 em montemor-o-Novo, trabalhou na Rádio, na TV, na imprensa e na publicidade. O seu último livro foi A Mais Nova Profissão do Mundo (2006).
(fonte: Actual/ Expresso)

Entrevista com Alface, via blogue da Frenesi.

9.3.07

Paulo Cardoso de Jesus vence Prémio Daniel Faria

O escritor Paulo Cardoso de Jesus venceu, por unanimidade, a terceira edição do Prémio de Poesia Daniel Faria, atribuído pela Câmara Municipal de Penafiel. O autor, de 32 anos, natural de Pombal, venceu o prémio com a obra Órbitas Primitivas: Fracções de um Tratado Heliocêntrico, que deverá sair em Maio com o selo da Quasi Edições. Assinada com o pseudónimo de Eva Ferreira, a obra foi eleita pelo júri por unanimidade, em decisão tomada terça-feira, depois de analisados cerca de 70 textos que se apresentaram a concurso. O prémio, não pecuniário e que se traduz na edição da obra vencedora, presta homenagem ao escritor e poeta Daniel Faria, falecido em 1999 com 28 anos. (fonte: Diário Digital)

Hemingway deixou em Cuba cartas escritas com ira











Ernest Hemingway descarregou a sua ira em várias cartas escritas a pessoas com as quais se zangou, mas não chegou a enviá-las, e a sua mulher, Mary, acabou por as queimar, em Cuba, onde se encontravam, cumprindo a última vontade do escritor. Esta foi uma das revelações feitas por Valerie Hemingway, secretária do escritor desde 1960 até à sua morte e actualmente jornalista, numa conferência no Instituto Internacional de Jornalismo José Martí. Na opinião da secretária e nora do escritor, ele «guardava a sua ira nessas cartas que não enviava» e «no dia seguinte escrevia outras um pouco mais suaves». Questionada sobre a relação de Hemingway com Cuba a partir de 1959, quando triunfou a revolução liderada por Fidel Castro, respondeu que, quando o escritor saiu da ilha em 1961, «realmente, esperava regressar». «Ele não abandonou Cuba, porque era aqui que estavam a sua casa, os seus amigos, os seus livros, os seus animais e o seu barco». Recordou, a propósito, uma frase recorrente de Hemingway: «Eu sou um escritor e não me envolvo na política». A Finca Vigia (residência temporária do escritor em Cuba) foi convertida em museu em 1962 depois de Mary Hemingway a ter doado ao governo cubano. (fonte: Diário Digital)

7.3.07

Revista Granta escolhe de novo os melhores romancistas jovens norte-americanos










Lista completa: Daniel Alarcón, Kevin Brockmeier, Judy Budnitz, Christopher Coake, Anthony Doerr, Jonathan Safran Foer, Nell Freudenberger, Olga Grushin, Dara Horn, Gabe Hudson, Uzodinma Iweala, Nicole Krauss, Rattawut Lapcharoensap, Yiyun Li, Maile Meloy, ZZ Packer, Jess Row, Karen Russell, Akhil Sharma, Gary Shteyngart, John Wray. No Guardian. À atenção dos nossos editores.

Site da Granta.

Nobel de Literatura Orhan Pamuk lança livro na Turquia

Um novo livro, intitulado Babamin Bavulu (A Mala do Meu Pai), do Nobel de Literatura Orhan Pamuk, acaba de ser publicado na Turquia pela editora Iletisim. A obra reúne três reflexões do aclamado escritor turco. A primeira reflexão, que dá nome ao livro, aborda a figura do pai do autor, Gündüz Pamuk, e foi lida pelo romancista na ocasião da entrega dos prémios Nobel em Dezembro do ano passado em Estocolmo. O segundo texto, Ima Edilen Yazar (O Escritor Insinuante), foi recitado na Conferência Puterbaugh sobre Literatura Mundial, na Universidade de Oklahoma (EUA), a 20 de Abril de 2006 e é uma reflexão sobre o acto da escrita. O terceiro discurso, Kars´ta ve Frankfurt´ta (Em Kars e em Frankfurt), começa com o relato da experiência do escritor na cidade turca de Kars enquanto recolhia informação para escrever o romance Neve. A editora Iletisim pôs em circulação 30 mil cópias de Babamin Bavulu (93 páginas). (fonte: Diário Digital)

Novos ensaios











A Arca de Pessoa: Novos Ensaios (ICS) foi editado por Jerónimo Pizarro e Steffen Dix. A apresentação da obra, por Eduardo Lourenço e Manuel Villaverde Cabral, tem lugar sexta-feira 9 de Março, às 19h00, na Casa Fernando Pessoa.

(...) O motivo principal, portanto, para celebrar Pessoa em 2005 depreendeu-se do facto da sua obra ter caído (definitivamente) no domínio público. Neste contexto, a referência à mítica arca tem um valor duplo: por um lado, lembra os originais ali depositados – hoje conservados na Biblioteca Nacional e a maior parte dos quais continua inédita –; e por outro, serve de convite para que outros investigadores explorem esses escritos agora que qualquer «pessoa» pode publicar «Pessoa» (uma redundância muito a propósito). Por outras palavras, a partir de 2005 é de esperar uma maior liberdade na publicação dos escritos pessoanos e um número mais elevado de edições dentro e fora de Portugal. (Steffen Dix e Jerónimo Pizarro)

6.3.07

Turismo com Fernando Pessoa no TNSJ

É um duplo regresso: de Ricardo Pais a Fernando Pessoa (depois de Fausto. Fernando. Fragmentos, que estreou em 1988 no D. Maria II) e de João Reis a Ricardo Pais (desde UBUs que o filho pródigo, como ontem lhe chamou o director do Teatro Nacional São João, não voltava a casa). Turismo Infinito é o espectáculo que abre, em Dezembro, o festival Portogofone: a Europa (a que se fizer representar no Porto para a recta final da Presidência portuguesa e a que vier aos estados-gerais da UTE) vai estar a olhar para ele. (fonte: Público)

Morreu Henry Troyat, o escritor preferido dos franceses








Henry Troyat, o decano da Academia das Letras francesa e do Prémio Goncourt morreu na sexta-feira aos 95 anos. Os franceses souberam ontem pelos jornais da morte daquele que em 1994, numa grande sondagem, declararam ser o seu escritor preferido. Jacques Chirac esteve entre os que lhe prestaram homenagem, dizendo que na escrita deste "gigante das letras francesas batia o coração de uma pequena criança russa que fez da França o seu país de adopção". O ministro da Cultura, Renaud Donnedieu, sublinhou: "Graças a ele, o romance russo tornou-se um pouco francês." Licenciado em Direito, Troyat, nascido Lev Tarassov, publicou o seu primeiro romance - Faux Jour - em 1935. Três anos depois, com 27 anos, publicou L'Araigne (A Aranha, ed. Inquérito), tornando-se vencedor do conceituado Prémio Goncourt. Desde então, Troyat escreveu mais de cem obras biográficas e de ficção, quase sempre com tanto sucesso comercial quanto dos críticos. (fonte: Público)

O MI5 suspeitou de que Auden terá ajudado à fuga de dois espiões de Cambridge












Tornam-se públicos os arquivos e descobrem-se histórias de camaradagem, comunismo, escritores e espiões. Acontece em qualquer país, no caso a Inglaterra da década de 50. Não é ficção. Para ler no Guardian.

Próxima exposição












Em breve, na Casa Fernando Pessoa, fotografias de Jordi Burch.

«Duas lindas russas beijam-se em Moscovo. Um boxista marroquino esmurra o adversário em Marraquexe. Amor e ódio? Desejo? Violência? Inveja? Este projecto convida a um caminhar pela vida, num constante acentuar e atenuar da diversidade. Porque o mundo tem muitos mundos. Porque estamos juntos.»

Coimbra organiza congresso sobre Miguel Torga

Especialistas portugueses e estrangeiros participam, de 3 a 5 de Maio, em Coimbra, no II Congresso Internacional sobre o escritor Miguel Torga, intitulado A minha verdadeira imagem está nos livros que escrevi. Além de oradores de várias universidades portuguesas, estão já confirmadas intervenções de académicos oriundos do Brasil, América e Espanha. Entre os vários especialistas, destaca- se a presença do escritor angolano Pepetela, que estará em Coimbra em data ainda a confirmar. Durante os trabalhos do congresso será também lançado, no dia 4 de Maio, um livro de homenagem - Recados a Miguel Torga -, no qual colaboram, além de estudiosos da literatura portuguesa, alguns admiradores do autor. (fonte: JN)

2.3.07

Romance dos Sem-Cristo












Sangue sábio, único romance de Flannery O'Connor agora publicado pela Cavalo de Ferro, narra a história do jovem Hazel Motes, desmobilizado do serviço militar e profundamente mudado, que regressa a casa no Sul profundo e evangélico dos Estados Unidos. Aí vai encontrar a sua família em ruínas. Uma vez estabelecido, inicia uma desesperada batalha espiritual contra o fanatismo religioso da comunidade e em particular contra Asa Hawkes, o pastor “cego” e a sua filha adolescente e degenerada. Convicto da sua fuga a Deus, acaba por fundar a sua própria religião: “A Igreja Sem-Cristo”, uma decisão irónica e trágica sobre a qual se move esta narrativa.

Mais alguns dias em Fevereiro










Dia 8, Fernando Assis Pacheco e as Novas Gerações; 15, F.A.P., Poeta; 21, debate, O que é e para que serve a Escrita Criativa?; 22, Livros em Desassossego, O que é feito dos suplementos literários?.

1.3.07

Saramago doutor «honoris causa» pela Universidade de Madrid

O escritor português José Saramago e o filósofo Eugénio Trías Sagnier serão investidos doutores «honoris causa» pela Universidade Autónoma de Madrid (UAM) em cerimónia marcada para 15 de Março. Saramago será apadrinhado por Tomás Albaladejo, catedrático de Teoria da Literatura e Literatura Comparada da UAM, e Sagnier por José Jiménez, director do Instituto Cervantes de Paris. O Prémio Nobel é já doutor «honoris causa» das universidades de Sevilha, Castela-La Mancha, Politécnico de Valência, Las Palmas, Salamanca, Granada e Carlos III de Madrid.
(fonte: Diário Digital)

Casa onde nasceu Gabriel García Márquez será reconstruída









O governo da Colômbia vai encarregar-se da reconstrução da casa onde nasceu o escritor Gabriel García Marquez na povoação de Aracataca. É uma «iniciativa do governo nacional através da qual se rende homenagem ao escritor ao completar 80 anos», no dia 06 de Março. A reconstrução estará a cargo do Ministério da Cultura, cuja titular, Elvira Cuervo, dará a conhecer pormenores do projecto terça-feira, dia do aniversário do Nobel colombiano, em Bogotá. Num comunicado, o ministério informou que o Projecto de Reconstrução da casa terá como complemento um complexo museográfico que dará lugar à já chamada Casa Museu de Aracataca. «Será recriada ali a infância do insigne escritor colombiano», explicou o ministério. Além do nascimento do escritor, outros importantes aniversários de natureza literária são assinalados este ano: há 40 anos foi publicada a primeira edição de Cem anos de solidão e há 25 anos «Gabo» recebeu o Nobel de Literatura.
(fonte: Diário Digital)

Poesia aos domingos








No Teatro S. Luiz, em Março. Recital concebido e apresentado por Beatriz Batarda e Bernardo Sassetti. 4 e 18/3: poesia de Adília Lopes. 11/3: A Viagem, um conto de Sophia de Mello Breyner. Música original de Bernardo Sassetti. Sempre às 17h30. Entrada: 5€